Mulheres no audiovisual

Para marcar o Dia Internacional da Mulher reunimos a mulherada da Fixe em um ensaio fotográfico. Mais do que fotografar as mulheres da Fixe, a gente queria mesmo era falar sobre mulheres no audiovisual.

Há apenas seis dias a Academia finalmente reconheceu o cinema brasileiro premiando o filme Ainda Estou Aqui com o Oscar de Melhor Filme Internacional. A obra destaca a história real de Eunice Paiva. Casada com Rubens Paiva e mãe de cinco filhos, ela precisou se reinventar depois que seu marido foi morto pela ditadura militar.

No filme, outras duas mulheres brilhantes deram vida a Eunice Paiva e se destacaram na frente das câmeras: Fernanda Torres e sua mãe, Fernanda Montenegro. A atuação de Fernanda Torres garantiu o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama e rendeu indicação ao Oscar de Melhor Atriz.

Não é de hoje que as mulheres brasileiras marcam presença no audiovisual, seja na frente das câmeras ou atrás delas. Mas essa presença não é algo simples. O livro Mulheres Atrás das Câmeras, organizado por Luiza Lusvarghi e Camila Vieira da Silva e editado em parceria com a Associação Brasileira de Críticos de Cinema, traça um retrato das cineastas brasileiras de 1930 a 2018.

Chamam atenção as dificuldades impostas às mulheres na indústria cinematográfica. A desigualdade de gênero neste caso não se trata exclusivamente do menor número de mulheres atuando no setor. Mas também ao fato de que o trabalho cinematográfico produzido por mulheres até hoje recebe menos atenção.

na fixe

Não se trata de desvalorizar o trabalho produzido pelos homens a fim de destacar o das mulheres. Ao contrário, na cadeia de produção audiovisual cabem todos os gêneros, raças, orientações sexuais, histórias, ângulos e olhares.

Como nessa foto em que reunimos as mulheres da Fixe. Aqui tem filmmaker, editora, diretora de arte, jornalista e social media. Com esse time de mulheres conseguimos roteirizar, dirigir, gravar, editar e divulgar nossos vídeos. É incontestável que elas são uma potência no audiovisual.